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Abr 06

Projeto solar mais rápido da África foi construído em um ano

Essa fazenda solar seria suficiente para abastecer 1.400 casas nos EUA, mas em Ruanda, ela abastece 250.000 casas.

Que o mundo precisa acelerar a mudança das tradicionais matrizes energéticas para fontes limpas e renováveis, isso não é segredo para ninguém. A poluição desenfreada ao longo dos séculos XIX e XX elevou a concentração de gases tóxicos na atmosfera e a consequente elevação da temperatura global, isso porque o aquecimento global é provocado justamente por gases emitidos por indústrias, automóveis e também durante os processos de geração de energia.

A novidade é que os projetos de energia solar (uma das fontes mais limpas de energia) estão ficando mais baratos e também mais rápidos. Um bom exemplo vem do continente africano, mais precisamente de Ruanda. A nação localizada no centro do continente e que é mundialmente conhecida por sua sangrenta guerra civil, desta vez chamou a atenção das pessoas pela rapidez e eficiência na instalação de um grande projeto de energia solar.

Em apenas um ano foi instalada com sucesso uma fazenda solar com capacidade de gerar 8,5 MW (megawatts), o que é mais do que suficiente para fornecer energia elétrica para mais de 1.000 residências nos Estados Unidos, por exemplo. Já no próprio país, onde o consumo médio de uma família é bem menor, o impacto é ainda mais incrível.

Escolha do local e instalação da fazenda solar

As colinas verdes de Ruanda foram escolhidas para receber a fazenda solar justamente por se tratar de uma das muitas nações africanas que sofrem com a falta de desenvolvimento social. Além disso, também há outro lado significativo: auxiliar crianças órfãs do país. Para tal, as terras arrendadas pertencem à organização Agahozo Shalom Youth-Village que trabalha com meninos e meninas de todo país. Através do arrendamento das terras, a organização possui agora maior capacidade financeira para viabilizar projetos sociais com as crianças.

Neste modelo de fazenda solar, os painéis fotovoltaicos não são fixos (como ocorre normalmente) e podem ter o ângulo de inclinação alterado para favorecer a captação de energia solar no período da manhã e também à tarde. Este trabalho pode ser feito à distância por computadores. Esta técnica, inclusive, pode aumentar em 20% a eficiência dos painéis.

A realização do projeto, entregue em tempo recorde, contou com apoio internacional de grandes nomes, como Gigawatt Global, Norfund e Scatec Solar. A fazenda solar de Ruanda também recebeu apoio importantíssimo da iniciativa “Energia para África” que tem no presidente norte-americano, Barack Obama, um dos principais incentivadores.

Fonte: Pensamento Verde